terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pão e circo - crônica / crítica




Escrito e produzido por Karine e Karoline Nascimento

última música: Cícero - Vaga-lumes cegos

REDAÇÃO:
Televisão no ônibus... vi as pessoas se deixarem admirar. Será que isso é gentileza do governo? Acho que é um presente à população. O povo não se importa; me parece que gostaram.
O jeito como o ônibus abalança; deve ser uma espécie de berço embalador, onde as crianças são pegas pelo sono: acho que não sentem vontade de acordar. O mais legal disso tudo é que quem está dentro dele, consegue notar tudo lá fora, mas não pode fazer nada. Agora, quem está na rua, nem nota, nem se preocupa com o que ocorre aqui dentro e, é claro que não pode adivinhar quem quer sair: os de dentro, cada um consigo deve saber, tem de o fazer na hora de parar.
A população é como grande massa, que se vira, soca, coloca-se uma pitada de açúcar, até que esteja boa, até que se possa levar ao forno para que se torne estável. Acho que não é enganação, não pode ser... A gente só faz o que quer; ou pelo menos só o que está acostumado a fazer, né?
A final de contas, quem criou os padrões? Quem criou esse padrão? Isso é um padrão? Devemos notar alguma coisa? O quando de nós há nas coisas? O quanto somos manipulados? O quanto nossa opinião vale?
E pra você que foi virado, socado, recebeu uma pitada de açúcar e agora está no ponto, vai ficar esperando ser levado ao forno? Vai se tornar mais um estável, ser mais um na grande massa? Ser contado per capta? Gado!

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